Publicado em 20/10/2025
O estado do Acre possui apenas 1,8 médico para cada 1.000 habitantes, segundo levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2024. O número está bem abaixo da média nacional, que é de 3,07 médicos por mil habitantes, e evidencia a desigualdade regional no acesso à saúde pública.
O estudo aponta que o Brasil conta atualmente com cerca de 630 mil médicos registrados, mas a distribuição dos profissionais é concentrada nas regiões mais desenvolvidas do país. O Distrito Federal lidera com 6,3 médicos por mil habitantes, seguido por Rio de Janeiro (4,3) e Espírito Santo (3,6).
Já no Norte e Nordeste, os índices são significativamente menores. No Norte, além do Acre, outros estados com baixa densidade médica incluem:
-
Amazonas – 1,6 médicos por mil habitantes
-
Roraima – 1,8
-
Amapá – 1,5
-
Pará – 1,4
No Nordeste, o destaque negativo é o Maranhão, com o menor índice do país: 1,3 médico por mil habitantes.
Comparação internacional
A média mundial é de 3,7 médicos por mil habitantes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda ao menos 1 médico para cada 1.000 pessoas como parâmetro mínimo.
Desafios e soluções
Os números refletem a dificuldade de garantir acesso à saúde de qualidade em regiões mais remotas, onde há infraestrutura precária e pouca atratividade para a fixação de profissionais. Especialistas reforçam que é necessário investir na formação regionalizada e em políticas públicas que incentivem a permanência de médicos no interior e em áreas vulneráveis, como forma de reduzir as disparidades no sistema de saúde brasileiro.

