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terça-feira, 25 de novembro de 2025
O RIO BRANCO
Artigos do Narciso

Já dizia Maquiável.

Os príncipes não conseguem se livrar da pior de todas as pragas: os bajuladores.

Enquanto isto, e sendo igual ou ainda bem mais preciso, pregava Santo Agostinho: “prefiro às críticas que corrigem as bajulações que corrompem”. Daí a pergunta que não pode calar: por que os nossos príncipes, ou mais precisamente, os nossos governantes, não resistem aos bajuladores, ainda que os mesmo estejam lhes empurrando para o caos?

Cercar-se de aliados, em particular, dos mais confiáveis, deveriam ser os primeiros cuidados daqueles que chegam ao poder, isto porque, em política, a traição sempre se faz presente: a primeira a demonstrar falta de lealdade e a segunda porque, traição e coceira, basta começar.

Lamentavelmente, os bajuladores buscam e não raramente consegue cair na graça dos novéis governantes, a despeito das bajulações que haviam dirigidas aos seus antecessores.

Certa vez, o então governador das Minas Gerais, Benedito Valadares, ao responder ao seu mais íntimo e confiável amigo, quando este o questionava sobre as suas presenças nos governos anteriores e que já se encontravam aboletados no seu próprio palácio, dele ou ouviu a seguinte resposta: ninguém os resiste, já que são bonzinhos e agradáveis.

Os bajuladores não têm preferência por nenhum partido político, e menos ainda, por nenhum dos seus integrantes, e sim, por aqueles que as urnas acabam de consagrá-los.

Aos ditos cujos, os bajuladores, enquanto espera os resultados das eleições de 2026, no nosso plano federal e nos planos estaduais, o que fazem? Só e somente, esperam à hora para se revelaram a quem irão prestar os seus serviços, sendo mais preciso, seus desserviços.

Os bajuladores detestam a oposição e pela mais elementar das razões: seus rabos só balança para quem esteja no exercício do poder. Exceção se faça àqueles que, pelo nojo que despertaram já foram lançados, e por merecimentos, nas diversas lixeiras da própria história política.

Lamentavelmente, como os nossos partidos políticos têm se prestado, preferencialmente, para abrigar quaisquer candidaturas, independente de suas convicções políticas, o resultado não poderia ser outro, que não, as multiplicidades e as fragmentações dos nossos representantes políticos, de mais de duas dezenas de partidos, no nosso próprio Congresso Nacional.

Isto levou os nossos detentores de mandatos executivos, do presidente da nossa República, passando pelos nossos 27 governadores e chegando aos nossos 5.560 prefeitos a fazer toda sorte de negociatas, do contrário, jamais conseguirão aprovar os projetos que remetem para as apreciações das suas correspondes Casas Parlamentares.

Bem diz os historiadores: a bajulação é uma moeda falsa.

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