Uma ação conjunta envolvendo a Polícia Civil do Acre (PCAC), o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), a Polícia Militar do Acre (PMAC) e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), deu origem à Operação Sentinela, deflagrada na manhã desta quinta-feira, 24, com o objetivo de desarticular esquemas de tráfico de drogas e impedir a entrada de materiais ilícitos no Complexo Penitenciário de Rio Branco.
As ações ocorreram de forma simultânea em alguns pontos da capital, Rio Branco e no município vizinho, Bujari, além das dependências da unidade prisional Francisco de Oliveira Conde (FOC), a maior do Acre. A ação é a continuidade de uma investigação iniciada em julho deste ano.
De acordo com as autoridades, a apuração identificou pessoas envolvidas no envio de drogas, celulares e cartões de memória para dentro dos presídios.
Origem da investigação
O presidente do Iapen, Marcos Frank Costa, explicou que a ação teve início após a prisão em flagrante de três funcionários terceirizados da cozinha do presídio, flagrados tentando entrar com entorpecentes no complexo penitenciário de Rio Branco.
“Esse caso foi o ponto de partida para investigações mais aprofundadas, que já resultaram na apreensão de cerca de 100 quilos de drogas apenas no último mês. Também enfatizo que averiguamos que nenhum servidor de carreira está envolvido com atividades ilícitas. Não há indício nenhum de envolvimento de policiais penais ou outros servidores efetivos”, destacou Frank.
Ele acrescentou que, enquanto a Polícia Civil atuou na identificação e desarticulação do grupo criminoso responsável pelo transporte das drogas, o Iapen intensificou as revistas estruturais nas celas e apreendeu celulares e outros objetos ilícitos dentro das unidades prisionais.
Mandados e prisões
Durante a operação desta quinta foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, um deles dentro da própria FOC e outro em endereço externo, além de sete mandados de busca e apreensão.
Segundo o delegado Saulo Macedo, as investigações revelaram a existência de uma rede criminosa dedicada a abastecer o presídio com drogas e equipamentos de comunicação.
“Com o intercâmbio de informações entre as instituições, conseguimos localizar remetentes e destinatários do material ilícito. Hoje, cumprimos dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão. Nas semanas anteriores, já havíamos apreendido mais de 50 quilos de drogas e 18 celulares”, afirmou.
[Agência de Notícias do Acre]

