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Lhamas e alpacas correm risco de morte após 15 dias presas em carreta na fronteira do Acre por falta de fiscalização

Publicado em 19/09/2025

A retenção prolongada de cargas vivas e produtos alimentícios no posto de fiscalização do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em Assis Brasil, na tríplice fronteira do Acre, está gerando sérias preocupações. Há quase duas semanas, caminhões permanecem parados sem previsão de liberação, o que ameaça a vida de animais e gera prejuízos econômicos significativos.

Um dos casos mais alarmantes envolve 12 lhamas e alpacas que estão confinadas em uma carreta há cerca de 15 dias, em condições consideradas insalubres. Segundo relatos, os animais estão expostos a fezes, urina, parasitas e sem espaço adequado para descanso, o que agrava os riscos de morte.

Além dos animais, uma carga de ovos fecundados avaliada em aproximadamente 25 mil dólares (cerca de R$ 160 mil) também está retida. O empresário responsável pela importação e exportação, Pablo Cardoso, afirma que toda a documentação foi devidamente apresentada, incluindo a Guia de Trânsito Animal (GTA). No entanto, foi informado de que o transporte só seria autorizado por via aérea — alternativa inviável devido aos altos custos.

Cardoso destaca que a liberação depende exclusivamente da atuação de um fiscal do MAPA lotado em Alvorada do Oeste (RO), município distante da região de fronteira. Ele argumenta que técnicos do órgão em Rio Branco, que fica a 330 quilômetros de Assis Brasil, poderiam realizar a vistoria, mas até o momento não houve nenhuma mobilização.

Diante da gravidade da situação, o caso foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que já recebeu denúncia formal sobre o risco de morte dos animais e os prejuízos financeiros, que podem ultrapassar R$ 300 mil. Empresários e produtores locais cobram uma solução urgente para o impasse.

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