Tíquete médio da dívida subiu
O tíquete médio das dívidas também atingiu a máxima histórica da série: R$ 3.302,30 – com média de 7,3 dívidas por empreendimento. Juntas, todas as dívidas atrasadas somam R$ 193,40 bilhões.
A economista da Serasa Experian Camila Abdelmalack explica que as empresas têm contraído cada vez mais dívidas com juros elevados. E a concessão de crédito mais restrita deixa o ambiente para renegociações de dívidas ainda mais restritivo.
“Observamos que o segundo semestre pode ser ainda mais crítico para os negócios, com as projeções de desaceleração na atividade econômica exercendo uma pressão ainda maior nos ganhos e na margem de lucro, principalmente para aquelas companhias de menor porte”, diz a economista em nota.
O grupo das pequenas e médias empresas foi o mais impactado pela inadimplência, segundo o indicador. Elas representam 7,6 milhões do total de CNPJs afetados. Juntas, as pequenas e médias empresas concentraram 54 milhões de dívidas negativadas, somando R$ 174,1 bilhões.
De acordo com o indicador, o setor de Serviços concentrou a maior fatia dos CNPJs negativados em julho, respondendo por 54,1% do total. Na sequência, apareceram as empresas do Comércio (33,7%), seguidas por Indústria (8,0%). Empresas do ramo financeiro e do terceiro setor representaram 3,2% das empresas inadimplentes, enquanto o setor primário completou a lista com 1%.
A maioria das dívidas atrasadas dessas empresas foi contraída no setor de Serviços (31,8%), seguido por Bancos e Cartões (19,8%). Em números absolutos, os estados do Sudeste concentraram o maior volume de empresas devedoras (4,1 milhões), seguidos pela região Sul (1,2 milhão).
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