O programa “Tribuna Livre”, da TV Rio Branco, apresentado pelo competente jornalista e apresentador Antônio Muniz, dedicou sua edição de 8 de setembro, um dia após as comemorações da Independência, para um debate aprofundado sobre a atual conjuntura política e social do Brasil. Com a presença especial de José Alex, ex-vereador, ex-primeiro secretário da mesa diretora da Câmara Municipal de Rio Branco, ex-deputado federal, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Grande Oriente do Brasil, provedor de honra da Santa Casa e apresentador do programa “O X da Questão”, o programa também contou com a participação dos debatedores Osmir Lima e Dr. Narciso Mendes, trazendo diferentes perspectivas sobre os desafios enfrentados pela nação.
O debate foi aberto com uma provocação de Osmir Lima, que questionou a fragmentação do poder no Brasil. Segundo ele, o Congresso Nacional parece atuar como parte do Poder Executivo, priorizando emendas parlamentares em detrimento das discussões de temas nacionais. José Alex, o convidado especial da noite, concordou com essa avaliação, criticando a atuação do Legislativo e do Judiciário. “O Executivo está acuado, uma parte pelo Congresso e outra pelo Judiciário, que toma medidas que mantêm o Executivo numa medida preventiva”, afirmou.
A conversa se aprofundou na polarização política, com Dr. Narciso Mendes expressando seu “constrangimento” com a possibilidade de ter que escolher novamente entre Lula e Bolsonaro para a presidência. Ele questionou o heroísmo atribuído a ambos pelos seus apoiadores e indagou se a polarização é benéfica ou maléfica para a democracia. José Alex foi categórico: “Ela é maléfica para a nossa democracia”, reforçando a necessidade de um recuo por parte de ambos os líderes.
A discussão também abordou a relação entre a miséria e a falta de discernimento do eleitor. Osmir Lima trouxe um exemplo pessoal, de uma eleitora que se sentiu na obrigação de votar em um candidato que lhe deu um par de óculos, ilustrando como as necessidades básicas podem influenciar o voto. José Alex, por sua vez, lamentou que o sistema político atual seja de “mal a pior”, com candidatos que prometem benefícios em troca de votos, transformando a política em um “negócio”.
Os debatedores concordaram que o Brasil precisa de uma grande reforma em seu sistema, que inclua todos os poderes. A falta de liderança capaz de “sentar numa mesa e dizer ‘olha, não quero confusão, mas nós vamos ter que cortar na carne'” foi apontada como um dos principais problemas.
O debate seguiu com críticas ao descumprimento da Constituição, a qual José Alex considera “muito boa”. Para ele, a falta de moralidade e caráter nas cadeiras do poder impede o respeito à lei máxima do país. A discussão sobre a indicação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) também entrou em pauta. Osmir Lima defendeu que apenas juízes de carreira, aprovados em concurso, deveriam ocupar essas posições.
O programa ainda abordou a questão das emendas parlamentares, que foram definidas como o “maior balcão de compra de votos” da história política brasileira. A falta de respeito às leis e a busca por apoio externo para resolver problemas internos, como nos Estados Unidos, também foi tema de debate.
No bloco final, o apresentador do programa destacou uma pesquisa que revelou que nenhum dos três poderes aparece no top 5 das instituições com credibilidade no país. Para José Alex, essa falta de confiança é um “lamentável” sinal de enfraquecimento da democracia.
Para terminar o programa, o Dr. Narciso Mendes fez uma pergunta ao entrevistado José Alex sobre as Santas Casas.
Em seguida, José Alex expressou orgulho e satisfação por ter revitalizado a Santa Casa do Acre. Ele menciona que a unidade agora tem equipamentos no valor de 10 milhões de reais, doados pelo senador Márcio Bittar, e possui cinco salas cirúrgicas com 10 leitos de UTI.
Ao ser questionado sobre a Santa Casa de Cruzeiro do Sul, ele afirma que a unidade, que estava fechada, é hoje a mais bem documentada do país. Ele explica que, junto com os maçons, eles resgataram a Santa Casa de Cruzeiro do Sul e regularizaram a situação trabalhista e a documentação da instituição. Ele finaliza dizendo que esse trabalho de regularização se estendeu a outros estados, como Rondônia, Mato Grosso, Brasília e Goiânia.
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