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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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7 de Setembro do governo Lula tem boné ‘Brasil soberano’ e ausência do STF

O presidente Lula e a primeira-dama Janja, durante desfile do 7 de Setembro em Brasília
Imagem: Adriano Machado / Reuters

(Por Lucas Borges Teixeira do UOL, em Brasília)

O governo federal distribuiu bonés de “Brasil soberano”, novo mote do presidente Lula
(PT), para as pessoas que foram acompanhar o desfile oficial de 7 de Setembro, em
Brasília.

O que aconteceu

Ministros do STF não compareceram, em meio ao julgamento do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL). O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, viajou à França.
O ministro Alexandre de Moraes, principal alvo dos bolsonaristas, participou nos dois
últimos anos, mas neste ano não foi. Nenhum outro ministro da corte tinha confirmado
presença.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), está presente. Já o
presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não compareceu, pois viajou ao
Amapá. Nos últimos anos, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), então presidente do
Congresso, participou do ato.

Boné “Brasil soberano”, distribuído pelo governo federal no 7 de Setembro em Brasília
Imagem: Lucas Borges Teixeira/UOL

Bonés “Brasil soberano” foram distribuídos em verde, azul e amarelo. O novo
mote, criado após o tarifaço dos Estados Unidos, dá o tom de todo desfile, que
começou às 9h, com a chegada de Lula em carro aberto.

Ministros do centrão também compareceram. André Fufuca (PP), do Esporte, e
Celso Sabino (União), do Turismo, foram ao evento oficial, mesmo depois que os seus
partidos anunciaram desembarque do governo nesta semana.

Gritos de “Sem anistia” soaram de parte do público. As pessoas foram liberadas
para chegar à Esplanada dos Ministérios às 6h. Por volta das 8h, quando as
arquibancadas começaram a encher, a mais próxima das autoridades passou a gritar
“Sem anistia!”, em referência ao julgamento dos réus pela trama golpista.

Patriotismo e propaganda

O desfile terá o tom de “Brasil soberano”. Haverá alas com crianças de escola
pública vestindo verde e amarelo e uma bandeira de 140 m², carregada por 40 pessoas,
com o mesmo escrito. Lula deve aparecer em carro aberto, como nos anos anteriores.

Terá uma ala exclusiva do “Brasil dos brasileiros”. Pessoas de verde e amarelo
carregando pequenas bandeiras do Brasil vestirão o boné azul que o governo passou a
promover para “rebater” o acessório vermelho “America first” (“Estados Unidos em
primeiro lugar”, em tradução livre), símbolo do presidente norte-americano, Donald
Trump.

É uma tentativa antiga do governo. Com um empurrãozinho de Trump, Lula tem
conseguido finalmente —mesmo que de forma parcial— abraçar símbolos nacionais,
associados à direita e ao bolsonarismo nos últimos anos.

O desfile também tratará de pautas do governo. Como no ano passado com o G20,
haverá uma ala voltada à COP30, organizada pelo Brasil, em Belém, em novembro. É
esperado que crianças e jovens desfilem ordenados com apetrechos que representem
meio ambiente e sustentabilidade.

Terá um bloco só para o Novo PAC. Não exatamente um tema de Estado, mas uma
pauta de governo, Lula também quer destacar o Programa de Aceleração de
Crescimento, coordenado pela Casa Civil, que ainda não deslanchou como o governo
esperava.

Mais segurança

Este 7 de Setembro tem segurança reforçada. Em meio ao julgamento de Bolsonaro
e com protestos da direita e da esquerda marcados pelo país, a segurança do desfile é
feita por GSI (Gabinete de Segurança Institucional), PF (Polícia Federal), Forças
Armadas e pelos órgãos de segurança pública do Distrito Federal.

O acompanhamento está sendo feito durante toda a semana. Em conjunto com a
PRF (Polícia Rodoviária Federal), as forças de segurança têm monitorado a entrada de
possíveis caravanas de protesto no Distrito Federal e no entorno da Esplanada dos
Ministérios, onde ficam os Poderes e onde ocorrerá os desfiles.

Até então, não foi identificado nada de anormal. “O GSI opera de forma preventiva,
em cooperação com os órgãos de segurança pública do Distrito Federal,
acompanhando e analisando rotineiramente a evolução de possíveis cenários de risco
às autoridades”, informou o órgão ao UOL.

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