Por que não: Silas Malacheia ou Silas Boca-suja?
Sempre que ocupa os púlpitos de suas igrejas, invariavelmente, o pastor Silas Malafaia tem dado o máximo de importância ao pagamento do dízimo. Segundo ele, àqueles que não pagarem o seu corresponde dízimo irão encontrar às portas do céu fechadas, até mesmo para àqueles que não tiveram condições de pagar a passagem do ônibus ou do metrô que os conduziram. No meu entender, ele deveria ser chamado de Silas Malacheia.
Enquanto político, durante o mandarinato do então presidente Jair Bolsonaro o dito cujo passou a dispor de tanta importância, confiança e liberdade que, num dos seus corriqueiros encontros com o próprio Jair Bolsonaro ele ousou chamar o seu filho Carlos Bolsonaro de babaca, e por vezes, usando palavrões que jamais poderão ser encontrados em nenhuma bíblia. Neste caso, ele deveria ser tratado com o seguinte nome: Silas Boca suja. No escudinho os seus palavreados são de arrepiar.
Como seria esperado, embora muito tardiamente, o dito cujo acabou caindo na malha da justiça e isto em razão da desmoralização que ele pretendeu impor ao nosso STF-Supremo Tribunal Federal, e com um extremado rancor e desrespeito, ao Ministro Alexandre de Moraes, a quem deu o cognome de “ditador de toga”.
Como não creio no absolutismo, seja político, jurídico ou religioso, por vezes chego a discordar de algumas decisões do nosso próprio STF, mas isto não me dá o direito de tentar desmoralizá-lo enquanto instituição do nosso próprio Estado. Liberdade tem limites, e um deles ser a eterna vigilância.
Quando um advogado de defesa discorda das decisões de um determinado juiz, ou até mesmo, de uma corte e justiça, ele tem todo o direito de assim proceder, mas não os acusando de injustos, parciais e menos ainda, de estarem atendendo interesses partidários ou pessoais.
Em sendo o direito de defesa, assim como vem ser o direito a livre manifestação do pensamento, um dos nossos mais consagrados direitos, quem deles se utilizam, em sendo o caso, não apenas deve como precisa ser responsabilizados. Liberdade é uma coisa e libertinagem é outra.
Como o tenho na conta de um falacioso pastor, e mais ainda, de um politiqueiro que se acomoda às circunstâncias que lhes convier, considero o Silas Malafaia, enquanto pastor, um explorador da fé e enquanto cabo-eleitoral, um oportunista ocasional.
O que não poderia continuar, sendo o ministro do STF, Alexandre de Moraes, o relator da trama golpista, seria ele continuar sendo o alvo das agressões, na forma e nos termos utilizados pelo referido pastor, a não ser que ele disponha das provas que confirmem as suas graves acusações.
Por estas e outras, espera-se que à hora da verdade tenha chegado, ainda que tardiamente e logo mais que saibamos qual seja ela.

