A partir desta segunda-feira, 1º de setembro, o implante contraceptivo hormonal Implanon passa a ser incluído obrigatoriamente na cobertura dos planos de saúde privados. A medida beneficia mulheres entre 18 e 49 anos e amplia o acesso a métodos contraceptivos de longa duração, como o já ofertado Dispositivo Intrauterino (DIU).
Como o Implanon funciona:
O Implanon é um pequeno bastão flexível inserido sob a pele do braço, em um procedimento rápido feito no consultório médico, com anestesia local. Ele libera de forma contínua o hormônio etonogestrel, que inibe a ovulação, evitando a gravidez.
O método tem eficácia de até três anos e é considerado um dos mais seguros disponíveis atualmente, com taxa de falha de apenas 0,05% — índice inferior ao da vasectomia (0,1% a 0,15%) e do DIU hormonal (0,2% a 0,8%).
Quem não pode usar:
Apesar da alta eficácia, o Implanon não é indicado para mulheres que tenham:
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Histórico de câncer de mama
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Doenças graves no fígado
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Sangramentos vaginais sem diagnóstico
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Alergia ao etonogestrel
Efeitos colaterais possíveis incluem dor, inchaço ou hematomas no local da aplicação. Infecções são raras, mas podem ocorrer, geralmente relacionadas a falhas técnicas no momento da inserção.
Cobertura e o que fazer em caso de negativa:
Caso o plano de saúde se recuse a cobrir o implante, a recomendação é que a usuária registre reclamação junto à própria operadora. Se não houver solução, deve-se acionar a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por meio dos canais oficiais.
Além da inclusão nos planos, o Ministério da Saúde anunciou em julho que o Implanon também será incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é que o método esteja disponível na rede pública ainda este ano.

