Mesmo com a queda do desemprego de longo prazo no Brasil durante o segundo trimestre de 2025, o Acre permanece entre os estados com os índices mais elevados. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo IBGE, mostram que 2% da população economicamente ativa no estado está em busca de trabalho há mais de dois anos.
Esse percentual coloca o Acre no mesmo nível de estados como Amazonas, Amapá e Distrito Federal, ficando atrás apenas de Pernambuco, com 2,7%, Rio de Janeiro, com 2,6%, e Sergipe, que registra 2,4%. A média nacional no período foi de 1,16%.
Em contraste, estados como Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso apresentaram as menores taxas do país, com 0,2% e 0,3%, respectivamente. O levantamento também revela que o índice nacional atual representa o menor nível desde o início da série histórica em 2012. Em 2021, no auge da pandemia, a taxa de desemprego de longo prazo chegou a 3,65%.
A análise por regiões mostra que o Nordeste ainda concentra a maior proporção de trabalhadores sem ocupação há mais de dois anos, com 1,7%. O Sudeste aparece em seguida, com 1,2%, e o Norte com 1,1%. Já o Sul (0,4%) e o Centro-Oeste (0,7%) registraram os resultados mais positivos.
A pesquisa também apontou uma queda na taxa média geral de desemprego no Brasil, que passou de 7% no primeiro trimestre para 5,8% no segundo, também o menor patamar desde o início da série.
[KEVIN MORAIS]