O mais recente Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), indica que o Acre continua entre os 16 estados brasileiros com nível de alerta, risco ou alto risco para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Apesar disso, o estado não apresenta tendência de crescimento no longo prazo, de acordo com os dados referentes à Semana Epidemiológica 31, entre os dias 27 de julho e 2 de agosto.
O levantamento aponta que a incidência de SRAG, especialmente em crianças, segue elevada no país, com destaque para os casos provocados pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). No Acre, há uma circulação significativa de vírus respiratórios, o que mantém as autoridades de saúde em estado de atenção, embora sem aumento expressivo nos indicadores recentes.
Em todo o Brasil, os dados mostram uma tendência de queda nas ocorrências de SRAG tanto no curto prazo (últimas três semanas) quanto no longo prazo (últimas seis semanas). No entanto, o boletim ressalta aumentos pontuais em determinados estados, como o crescimento da Covid-19 no Ceará e no Rio de Janeiro, além da elevação dos casos de rinovírus na Bahia.
Desde o início do ano epidemiológico de 2025, foram notificados 150.615 casos de SRAG em território nacional. Desses, 53,5% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório, 34,1% deram negativo e 5,9% ainda aguardam resultado.
Entre os casos confirmados, 46% são atribuídos ao VSR, 25,7% ao vírus influenza A, 1,1% ao influenza B, 23,6% ao rinovírus e 7% ao Sars-CoV-2 (Covid-19).
O boletim InfoGripe é uma ferramenta do Sistema Único de Saúde (SUS) que monitora a evolução da SRAG em todo o país. O objetivo é auxiliar as vigilâncias epidemiológicas na identificação de áreas prioritárias para ações preventivas e de resposta a emergências em saúde pública.
[KEVIN MORAIS]

