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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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Hugo Motta considera inviável conceder anistia ampla aos envolvidos no 8 de janeiro, mas admite debater penas leves

Na entrevista concedida hoje, 14 de agosto de 2025, ao canal GloboNews, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos‑PB), afirmou que não enxerga um ambiente favorável na Casa para aprovar uma anistia ampla aos envolvidos nos eventos graves do dia 8 de janeiro. Ele destacou que não haveria respaldo para perdoar quem planejou atos com intenção de matar.

Motta ressaltou que há diálogo em andamento sobre um projeto alternativo que não se caracterizaria como anistia irrestrita. Essa proposta visaria revisar apenas as penas consideradas excessivas, especialmente para aqueles com participação menos central na ocorrência.

O deputado também esclareceu que não existe a intenção de avançar com qualquer medida às escondidas ou de maneira atropelada. Segundo ele, os acontecimentos do 8 de janeiro foram graves o bastante para que fiquem registrados como alerta de que não devem se repetir. Ele lembrou o tumulto ocorrido na semana passada, quando deputados bolsonaristas ocuparam os plenários da Câmara e do Senado para impedir a retomada dos trabalhos após o recesso, em protesto contra a prisão domiciliar do ex‑presidente Jair Bolsonaro e pressão por um projeto de anistia.

Sobre esse episódio, Motta relatou que teve dificuldades para retomar o comando da sessão, pois o clima estava extremamente carregado. Ele disse que suas próprias condições físicas foram ameaçadas e que precisou do apoio de líderes partidários para conseguir sentar-se e abrir os trabalhos.

Essas ações foram resultado da instabilidade institucional que o país enfrenta, na avaliação do presidente da Câmara. Ele mencionou que a prisão domiciliar de Bolsonaro, o contexto internacional tenso — incluindo decisões recentes do presidente norte-americano Donald Trump — e a antecipação do calendário eleitoral, com Lula concorrendo a um quarto mandato, têm contribuído para um ambiente político cada vez mais conflituoso.

Além disso, Motta abordou a discussão sobre o foro privilegiado, considerando-a preocupante. Ele ponderou que propostas que alterem a forma de julgamento de parlamentares, mandando-os do STF para a Justiça comum ou exigindo que processos contra eles só possam ser iniciados com aval da própria Casa, precisam ser bem avaliadas para não gerar sensação de impunidade.

[KEVIN MORAIS]

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