O cantor, compositor e multi-instrumentista Arlindo Cruz faleceu nesta sexta-feira (8), no Rio de Janeiro, aos 66 anos. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz. Arlindo estava internado no hospital Barra D’Or, na Zona Oeste da capital fluminense, onde vinha tratando complicações de saúde causadas por um AVC hemorrágico sofrido em 2017.
Considerado um dos maiores nomes da história do samba, Arlindo acumulou mais de 550 composições gravadas e uma trajetória marcada por talento, carisma e dedicação ao gênero. Começou a tocar cavaquinho ainda na infância e ganhou projeção ao integrar o grupo Fundo de Quintal, onde permaneceu por 12 anos, antes de seguir carreira solo.
O sambista também se destacou nas rodas do Cacique de Ramos, ao lado de nomes como Jorge Aragão, Beth Carvalho e Zeca Pagodinho, e teve parcerias inesquecíveis com Sombrinha, Alcione e Nei Lopes — com quem compôs “O Sambista Perfeito”, título que inspirou sua biografia lançada em 2025.
Arlindo ainda foi um dos principais compositores do carnaval carioca, com sambas-enredo marcantes no Império Serrano e na Grande Rio. Em 2023, foi homenageado como enredo do Império Serrano, sua escola do coração.
Sua arte, voz marcante e contribuições para o samba brasileiro permanecem eternizadas na memória popular.

