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Invariavelmente

Atualizada em 21/02/2024 11:06

    Não existe ditadura de direita ou de esquerda, que seja mole. Simples assim: toda ditadura é dura. 

Quando o estadista, Winston Churchill, o mais celebrado do século XX, disse que “a democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as demais”, simplesmente quis dizer que não existe nenhum outro regime de governo à altura de substituí-lo.

Lamentavelmente, a nossa democracia, desde a proclamação da nossa República jamais esteve bem cuidada, e a provar que sim, a mesma já veio ser golpeada entre os anos 1930/1945 e entre os anos 1964/1984, perfazendo um total de 35 anos.

 A propósito, estamos vivenciando um período altamente preocupante e sem sequer avaliarmos no que dele resultará. Não me arvoro a condição de conselheiro, ainda assim, atrevo-me a dizer que não vejo com bons olhos a odiosa polarização política que ora vivenciamos. De um lado os radicais do lulismo, e de outro, os radicais do bolsonarismo, portanto, contrariando o que muito oportunamente disse o filósofo Aristóteles: “a virtude está no meio”. As narrativas dos extremistas, sempre e invariavelmente contaminadas, jamais se prestarão como balizas para o aperfeiçoamento da nossa democracia.

O personalismo político nunca produziu bons resultados e jamais produzirá. Vide o que está acontecendo com a outrora pujante Argentina e no que resultou o chamado peronismo, bem como, o que poderá acontecer com o nosso país.

Ao final do chamado regime militar de 64, o último período em que a nossa democracia fora bastante sacrificada, em compensação, o nosso país dispunha, politicamente, de nomes com a envergadura política e moral de um Tancredo Neves, de um Ulisses Guimarães, de um Franco Montoro, de um Jarbas Passarinho, de um Itamar Franco, de um FHC, de um Lula e tantos outros que mereciam constar desta lista.

Hoje, para além do ex-presidente Jair Bolsonaro e do atual presidente Lula, por mais que busquemos, jamais encontraremos alguém à altura de nos representar politicamente. Daí a pergunta que se impõe: quem imaginaria, há dez anos, que as três mais importantes unidades da nossa federação, justamente àquelas que compõem o nosso chamado Triângulo das Bermudas, viessem a ser governadas pelos seus atuais governadores. Refiro-me aos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais?

Como toda ditadura é sempre dura e nunca é mole, urge que cuidemos, a redundância é proposital, mito cuidadosamente, da nossa ainda frágil democracia. Volto a lembrar: a virtude nunca é encontrada nos extremos, e sim, no meio.

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