A agricultura sempre é uma temática de importância durante a Expoacre e, na 50º edição da feira, o governo do Acre está com um espaço revitalizado e uma programação robusta integrando produção agrícola, capacitações e agricultura familiar. Fortalecendo o setor produtivo rural, a Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) iniciou nesta segunda-feira, 28, a sua programação técnica com ciclos de palestras, no Parque de Exposições Wildy Viana.
Iniciando os ciclos, a primeira temática abordada é a cadeia produtiva do cacau nativo e de cultivo, exaltando a sustentabilidade e o potencial do investimento no fruto no Acre. Assim como a experiência do campo familiar, os resultados alcançados em demais regionais, empreendedorismo e demais assuntos.
Um dos destaques da manhã foi o relato do produtor indígena Sirlande Cabral Manchineri, da Terra Indígena Mamoadate, na Aldeia Extrema. Ele compartilhou sua vivência com o manejo do cacau na terra do povo manchineri, exaltando o impacto positivo do apoio institucional na produção local.
“Em pouco tempo, já temos cultivado bons resultados. Em apenas seis meses trabalhando com o cacau nativo já apuramos mais de 50 quilos. Esse apoio do governo é fundamental para a nossa autonomia e valorização da nossa terra, com os nossos jovens se voltando para trabalhar com o fruto e evitando que saiam da aldeia”, relatou Sirlande.
O chefe da Divisão de Produção Familiar e coordenador do Programa Estadual do Cacau, Marcos Rocha, destaca que a cultura do cacau no Acre tem um futuro promissor e destaca o valor da troca de conhecimentos: “Estamos reunindo importantes parceiros do Estado e convidando palestrantes de outros lugares do Brasil, como do Pará e do Sul, uma medida fundamental para o fomento à cultura do cacau no Acre”.A programação técnica também atraiu um público diversificado, como estudantes da Universidade Federal do Acre (Ufac) e do Instituto Federal do Acre (Ifac), além de produtores rurais de diferentes municípios. Uma delas é Eliana Augusto de Souza, produtora rural de Cruzeiro do Sul, que trabalha com cacau há sete anos no Projeto de Assentamento Florestal do Recanto, no Ramal 12.
[Agência de Notícias do Acre]

