Publicado em 15/06/2025
Foto: Reprodução do Instagram
Por Gina Menezes
Ninguém é tão generoso quanto Narciso.
Tão inquieto.
Tão humano.
Tão verdadeiro.
Narciso enxerga o mundo com olhos que poucos têm coragem de abrir. Ele não escreve apenas com palavras… escreve com a alma. Provoca, cutuca, incomoda. Faz pensar. Faz rir de nervoso. Faz refletir sobre aquilo que muitos preferem varrer para debaixo do tapete.
Mas para mim, Narciso é mais do que o cronista brilhante que o Acre inteiro conhece. Ele é o homem que um dia olhou para uma menina cheia de sonhos e de dúvidas e disse, sem dizer: “Pode entrar. Aqui tem espaço pra você.”
Foi ele quem me abriu as portas do jornalismo. Foi O Rio Branco quem me acolheu como “foca”, naquela fase da vida em que tudo assusta e tudo encanta ao mesmo tempo. Narciso me deu a primeira chance, me ensinou – do jeito dele, direto, sem rodeios – que jornalismo é lugar de coragem. Que palavra tem peso. Que manchete tem responsabilidade. Que não existe texto morno quando se tem verdade para contar.
Quantas vezes, ao terminar uma matéria, eu ficava imaginando se ele leria… E se lesse, o que acharia. Narciso sempre foi esse norte. Um olhar exigente, mas justo. Uma mente inquieta, mas generosa. Um coração crítico, mas profundamente humano.
Hoje, vê-lo receber a insígnia de Grande Oficial da Ordem da Estrela do Acre, sendo oficialmente chamado de Comendador Narciso Mendes, é emocionante. Não apenas por ser um título, mas porque é a prova pública de algo que nós, que convivemos com ele, sempre soubemos: Narciso é história viva deste estado.
Nunca serei grata o suficiente. Por tudo.
Pela porta aberta.
Pelas oportunidades.
Pelas lições.
Pelas palavras.
Pela inspiração diária.
Obrigada, Comendador. Obrigada por tudo o que o senhor é. Obrigada por tudo o que o senhor representa na minha vida e na vida de tantos outros jornalistas que tiveram a honra de aprender com o senhor.
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