Atualizada em 03/05/2025 10:40
Wolney Queiroz. Foto: Reprodução/redes sociais.
Recentemente, o cenário político brasileiro foi agitado por uma mudança significativa no Ministério da Previdência Social. Carlos Lupi, que ocupava o cargo de ministro, pediu demissão após uma série de escândalos envolvendo fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em seu lugar, foi nomeado Wolney Queiroz, que já atuava como secretário-executivo da pasta. Essa substituição gerou críticas, especialmente da oposição, que a considerou uma troca de “seis por meia dúzia”.
A nomeação de Wolney Queiroz foi vista com desconfiança por muitos, uma vez que ele já fazia parte da equipe de Lupi. Para os críticos, a mudança não representou uma renovação efetiva na liderança do ministério, mantendo a mesma linha de comando do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Essa percepção de continuidade foi um dos principais pontos de contestação levantados pela oposição.
Quais foram as críticas da oposição?
A oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva manifestou-se fortemente contra a nomeação de Wolney Queiroz. Líderes do Partido Liberal (PL), como Sóstenes Cavalcante e Damares Alves, tomaram medidas legais para tentar barrar a posse do novo ministro. Cavalcante, por exemplo, protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando uma investigação sobre possíveis omissões e prevaricações de Wolney.
O deputado federal José Medeiros também criticou a decisão, afirmando que a nomeação de Wolney seria ainda mais problemática do que a permanência de Lupi. A oposição argumenta que a troca não resolve os problemas estruturais e éticos enfrentados pelo ministério, especialmente após os escândalos de fraude no INSS.
Após meu pedido de impeachment o ministro caiu.
Lupi pediu demissão e o secretário-executivo, que era o número 2 do Ministério, assume. Ou seja, nada muda.
É urgente a necessidade de investigar para saber se ele também sabia do esquema e se também foi omisso.
Vamos articular…
— Damares Alves (@DamaresAlves) May 2, 2025
O escândalo da Previdência: o que aconteceu?
O escândalo envolvendo o INSS foi amplamente divulgado a partir de reportagens do portal Metrópoles, que começaram a ser publicadas em dezembro de 2023. As investigações revelaram que entidades estavam aplicando descontos fraudulentos em aposentados e pensionistas, sem o consentimento dos mesmos. Esses descontos variavam entre R$ 45 e R$ 77, e eram aplicados antes mesmo de os beneficiários receberem seus pagamentos.
As reportagens também expuseram os empresários responsáveis por essas entidades, que lucravam milhões de reais com as fraudes. Em resposta às denúncias, o diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, foi exonerado em julho de 2024. Posteriormente, em abril de 2025, a Polícia Federal deflagrou a Operação Sem Desconto, que resultou na demissão do presidente do INSS e do então ministro da Previdência.
O que vai acontecer agora com a Previdência?
A troca no comando do Ministério da Previdência Social e os escândalos de fraude no INSS colocam em evidência a necessidade de reformas e maior transparência na gestão pública. A continuidade da mesma linha de comando pode ser vista como uma oportunidade para corrigir erros passados, mas também como um risco de perpetuar práticas inadequadas.

*Com Informação Terra Brasil Notícias