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sábado, 3 de maio de 2025
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Fecomércio Acre analisa dados do Novo Caged e do trabalho formal no estado

Atualizada em 02/05/2025 10:48

A Fecomércio Acre analisou os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados recentemente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), referentes ao mês de fevereiro. Os dados indicam que o país atingiu saldo positivo no período, com 431.995 postos formais de trabalho criados. Ao longo do mês, foram registradas 2.579.192 admissões contra 2.147.197 desligamentos.

Os setores que mais contrataram foram:

  • Serviços, com 1.243.562 admissões e 988.750 desligamentos, mantendo um saldo positivo de 254.812 postos formais de trabalho;
  • Comércio, com 567.937 admissões e 521.350 desligamentos, gerando saldo positivo de 46.587;
  • Indústria em geral, com 407.183 admissões e 337.299 desligamentos — com destaque para a indústria de transformação, que foi a que mais contratou nesse setor;
  • Construção, com saldo positivo de 40.871 postos formais.

No estado do Acre, o estoque de empregos formais em fevereiro foi de 109.619. Foram admitidos 5.205 trabalhadores e desligados 4.776, resultando em um saldo positivo de 429 postos, número 0,39% maior do que o observado no mês anterior, quando o estoque foi de 109.190 postos.

Dos 22 municípios acreanos, Rio Branco liderou o número de contratações, com 3.402 admissões. No entanto, o volume de desligamentos na capital foi de 3.365 trabalhadores, o que resultou em um saldo positivo de apenas 37 novos postos formais. Rio Branco foi o município que mais contratou, mas também o que mais desligou.

Cruzeiro do Sul apresentou saldo positivo de 217 postos formais, seguido por Sena Madureira, com 115 postos. Por outro lado, municípios como Capixaba, Senador Guiomard, Tarauacá, Xapuri e Porto Acre apresentaram saldos negativos, sendo Tarauacá o mais afetado.

Das 5.205 admissões ocorridas no Acre em fevereiro, aproximadamente 2.509 foram no setor de serviços, enquanto o comércio respondeu por 1.146 novos postos formais.

Na pesquisa realizada em abril pela Fecomércio, em parceria com o Instituto Data Control, sobre o mercado de trabalho na capital, 83% dos empresários do comércio indicaram que o principal fator que interfere no volume de contratações é o crescimento do mercado informal. Dos trabalhadores formais, 62,3% pedem desligamento espontâneo e, consequentemente, migram para outro setor ou buscam inserção no mercado informal. Para o assessor da presidência da Fecomércio Acre, Egídio Garó, “esse comportamento interfere nos resultados do estado, o que justifica o aumento no volume de trabalhadores no setor de serviços e a diminuição no comércio”, afirmou.

A pesquisa também ouviu a população. Foram realizadas 200 entrevistas na cidade de Rio Branco. Desse total, 51,5% afirmaram estar trabalhando atualmente, enquanto 29,1% informaram não exercer nenhuma ocupação. Dentre os que trabalham 51,5%, 66,3% disseram atuar na atividade formal, e 33,7% na informalidade. Um número expressivo para a economia local.

Os trabalhadores que não estão à procura de emprego somam 25% dos entrevistados, enquanto a maioria 29,2% afirmou realizar trabalhos eventuais há mais de dois anos.

Segundo Egídio Garó,“essa tendência de redução nos postos de trabalho formais no comércio acreano tende a se intensificar nos próximos períodos, o que pode ser agravado pelas políticas econômicas do país. Por outro lado, a expansão da atividade industrial, da agricultura e uma política de juros livres podem minimizar esse impacto, permitindo a geração de emprego formal em todo o estado”, finalizou Garó.

 

[Assessoria]

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