33.3 C
Rio Branco
domingo, 24 de agosto de 2025
O RIO BRANCO
Brasil

CNJ registra aumento de 225% no número de julgamentos de feminicídio

Publicado em 12/03/2025

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) registrou aumento de 225% nos julgamentos de casos de feminicídio em todo o país no período de quatro anos. O número faz parte do novo Painel Violência Contra a Mulher, lançado nesta terça-feira (11) durante sessão do CNJ.

Conforme o levantamento, o crescimento apresentou a seguinte evolução de processos julgados: 2020 (3.375); 2021 (5.351); 2022 (6.989); 2023 (8.863) e 2024 (10.991).

O conselho também registrou aumento de novos casos julgados, que passaram de 3,5 mil em 2020, para 8,4 mil no ano passado. A elevação também levou em conta os últimos quatro anos: 2020 (3.542); 2021 (5.043); 2022 (6.102); 2023 (7.388); 2024 (8.464).

Medidas protetivas

As informações do painel também mostram aumento do número de medidas protetivas concedidas com base na Lei Maria da PenhaO Judiciário brasileiro chegou a 582.105 medidas concedidas em 2024.

O tempo médio de análise da medida protetiva pelo Judiciário passou de 16 dias, em 2020, para cinco dias, no ano passado.

Avaliação

Na avaliação do presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, os dados são “estarrecedores” e vão servir para a elaboração de políticas públicas de proteção às mulheres.

“É um número que cresce a cada ano, o que revela a necessidade de proteção das mulheres pelo sistema de Justiça. Nós não podemos fechar os olhos, nem virar o rosto para esse problema”, afirmou Barroso.

Lei do Feminicídio

No último domingo (9), a Lei do Feminicídio completou dez anos de vigência. Sancionada em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff, a norma inseriu no Código Penal o crime de homicídio contra mulheres no contexto de violência doméstica e de discriminação.

Em outubro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.994/24 e ampliou a pena para quem comete o crime. A pena, que variava entre 12 a 30 anos de prisão, passou para mínimo de 20 e máximo de 40 anos.

[Agência de Notícias do Acre]

Compartilhe:

Artigos Relacionados

Boca de urna, santinho e cola: o que pode e o que não pode no dia de votar

Raimundo Souza

Proibição das “saidinhas” será julgada diretamente no plenário do STF

Jamile Romano

Fraude do INSS: Correios atendem 60 mil no 1º dia de convênio; houve falhas

Raimundo Souza

Prazo para inscrições no Enem 2024 terminam amanhã

Jamile Romano

Canetas injetáveis nacionais chegam às farmácias a partir de hoje

Kevin Souza

Balanço do INSS aponta que mais de 1,3 milhão de beneficiários solicitaram reembolso

Raimundo Souza