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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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Não ao absolutismo

 A ninguém é dado o direito de caluniar, injuriar e difamar, nem mesmo, os seus maiores desafetos.

               Nas sociedades verdadeiramente democráticas a liberdade de expressão prevalece, mas não como um direito absoluto, posto que, quando dois direitos são confrontados, para que a justiça seja feita, não raramente, determinados direitos precisam ser sopesados.

                  Se o direito de expressão fosse um direito absoluto, o que haveria de ser feito em favor de quem teve à sua honra, sua imagem e a sua privacidade maldosamente agredida? Reposta: nenhum direito é absoluto, a não ser, a absoluta certeza que os mesmos devam ser relativizados.

              Dado o avançar dos nossos meios de comunicação, cada vez mais, os libertinos passaram a sentir à vontade e mais dispostos à agredir a imagem das pessoas, particularmente àqueles que trabalham à soldo, ou seja, convenientemente remunerados. Isto, em tempos de internet, só poderia resultar na proliferação das chamadas redes sociais.

               Quando testemunho determinadas pessoas, enfaticamente, diria até, fanaticamente, defendendo a liberdade de expressão como um direito absoluto, e ainda por cima, acusando que qualquer regulamentação que venha ser feita, como censura, pergunto: o que diria essas mesmas pessoas se um dia viesse ser surpreendido com as imagens de seus entes queridos: mãe, esposa e filhas menores, perversamente expostas num desses blogs, compondo os mais repugnantes cenários pornográficos?

        Recentemente, tomei conhecimento de uma cena de sexo, pornográfica e perversamente manipulada, na qual, o recém-eleito presidente dos EUA, Donald Trump, aparece mantendo relação sexual com a então candidata, Kamala Harris, esta por sua, derrotada na recente disputa presidencial dos EUA.

              Nos tempos em que as notícias corriam de boca em boca, a liberdade de expressão não seria capaz de produzir seus malefícios e suas imediatas repercussões, mas com o avançar dos nossos meios de comunicação, do rádio, da televisão, e em especial, da internet, as mesmas, de imediato, conseguem chegar aos quatro cantos do mundo.

             Cá entre nós, a liberdade de expressão, ao estimular e alimentar a nossa maldizente polarização política, resultou na preocupante situação em que nos encontramos, e o pior: por se tratar de uma polarização política de natureza pessoal, na qual, quem não for lulista nem bolsonarista, não terá voz e nem vez nos nossos debates políticos.

             Quando o ex-presidente Lula se encontrava preso e inelegível, os seus adversários o puseram na conta de um ladrão, e hoje, numa das voltas que o mundo político costuma dá, o ex-presidente Jair Bolsonaro, está sendo tratado como um golpista. Isto é resultado da nossa polarização pessoal.

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