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Atualizada em 24/10/2024 10:51

O Estado de São Paulo e a sua capital, têm sido duas entre as referências, eleitoralmente falando-se.

               Qual o ex-prefeito da cidade de São Paulo e qual o ex-governador do Estado de Estado que conseguiu chegar à presidência da nossa República? Nenhum, pelo ao menos após a nossa redemocratização, ou seja, a luz da nossa atual constituição. Antes, porém, apenas o ex-prefeito da cidade de São Paulo, Jânio Quadros, havia conseguido chegar a nossa presidência. Isto no já bastante distanciado ano de 1.953.

Assim sendo, por que as disputas pela sua prefeitura sempre se sobrassem, e mais ainda, quando acontecem às disputas pela governadoria do Estado de São Paulo? Na recente disputa pelas prefeituras dos nossos 5.570 municípios, não apenas a nossa grande imprensa, assim, como, a maioria das nossas redes sociais praticamente se dedicaram a noticiar, sejam os fatos quanto os boatos, surgidos na referida disputa? Por quê? ?

Eu que tenho o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em boa conta, seja como político seja como gestor público e, portanto, como um potencial candidato a presidente da nossa República, se me fosse dado a oportunidade de questioná-lo assim me pronunciaria: você, ou mais precisamente, Sua Excelência, encontra-se em condições para quebrar a  tradição, a de nenhum ex-governador do Estado de São Paulo ter conseguido chegar a presidência de nossa República?

Eu que sou contrário a polarização Lula/Bolsonaro, não apenas pelos males que a mesma já nos proporcionou e, sobretudo, pelos males que ainda advirão, gostaria de ver a nossa atividade isenta de personalismos. Concordo com o que disse o imortal Bertoldo Brecht: maldito é o país que precisa de heróis. Meus heróis já morreram e vivos não cultuou nenhum.

Lamentável e bem a propósito, presentemente, mas que nunca, os nossos partidos políticos, enquanto instituições indispensáveis a nossa e a qualquer outra democracia, acabaram transformados em legendas para acomodar candidaturas. Para tanto basta avaliarmos a quantidade dos nossos congressistas que já abandonaram os partidos através dos quais conseguiram os seus respectivos mandatos.

Não sou favorável ao bi-partidarismo, e sim a liberdade partidária, porém, sou visceralmente contra a anarquia que tomou de conta do nosso atual sistema partidário. A própria candidatura do surpreendente Pablo Marçal a prefeitura da cidade de São Paulo, filiado a um inexpressivo partido, o PRTB, não encontra justificativa em nenhum país que preze pela sua democracia.

Precisamos sim, e urgentemente, que a nossa atual legislação político-partidária seja lançada na lixeira da nossa história, e em seu lugar venha outra que contribua para o fortalecimento da nossa democracia.

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Rubedna Braga

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