Atualizada em 16/09/2024 09:57
Apenas Jânio Quadro se elegeu presidente do nosso país tendo sido prefeito de São Paulo. Isto há 70 anos.
Não há registros, afora o acima exposto, de nenhum prefeito da cidade de São Paulo que tenha conseguido chegar à presidência da nossa República. Diria mais, nenhum dos seus ex-governadores, a despeito das inúmeras tentativas: Mário Covas, Paulo Maluf, Geraldo Alckmin e José Serra tentaram e não obtiveram êxito. Apenas FHC, carioca de nascimento e ocasionalmente militando na atividade política paulista, conseguiu chegar lá, porém por outra e boa razão, no caso, o inesquecível Plano Real.
Em síntese: também não há, em todo o nosso histórico político-eleitoral, nada que relacione as nossas eleições municipais com aquelas à nível nacional. Vejamos: Fernando Collor de Melo e Jair Bolsonaro, filiado a dois inexpressivos partidos, o PRN e o PSL, já mortos e sepultados, sequer dispuseram de um único prefeito filiado as suas respectivas legendas. Denominei-as de legenda, infelizmente, porque os nossos partidos políticos nunca se deram ao devido respeito.
Com vistas às eleições de 2026, em particular, a sua disputa presidencial, para além dos lulistas e bolsonaristas, também ignorando os exemplos passados, outros pretensiosos passaram a defender que, o prefeito da cidade de são Paulo será o trunfo, ou seja, o curinga, do nosso bastante confuso baralho político-eleitoral.
Ainda bem que as últimas pesquisas, já que nelas só acreditam àqueles candidatos que são favorecidos, pararam de trazer boas notícias para o falastrão, diria até, para o pilantra Pablo Marçal, alguém que vivia dizendo e repetindo que se elegeria prefeito de São Paulo, ainda em 1º turno das próximas eleições e agora se vê ameaçado de ficar fora do seu 2º turno.
A disputa presidencial de 2026 não será um jogo de cartas marcadas, até porque, tudo vai depender do sucesso ou do insucesso da gestão do atual presidente Lula, este, o único brasileiro a exercer, por três vezes, o comando político do nosso país. Para todos àqueles que vierem desafiá-lo, nada mais preocupante.
Em continuando a polarização Lula/Bolsonaro as definições das candidaturas presidenciais de 2026 dependerão de diversas variáveis, entre elas, a improvável candidatura do próprio Jair Bolsonaro já que o mesmo encontra-se inelegível e carente de uma duvidosa anistia, e ainda mais, de um alinhamento entre os vários pretendentes que pretendem evitar que o presidente Lula, pela quarta vez, sagre-se vencedor.
A disputa presidencial de 2026 não será decidida pelo que resultar da próxima disputa pela prefeitura da cidade de São Paulo e nem do apoio do governador do seu próprio Estado. Vejamos a nossa própria história.