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domingo, 4 de maio de 2025
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Ativos tóxicos

Atualizada em 11/09/2024 09:26

   A polarização Lula/Bolsonoro já se revelou altamente tóxica aos nossos partidos e a nossa própria democracia.  

         Na disputa pela prefeitura de São Paulo, nem o PT de Lula e nem o PL de Bolsonaro apresentaram suas correspondentes candidaturas, e mais, os três candidatos com potencial para chegarem ao 2º turno, ou até mesmo para elegerem-se já no 1º turno são: Ricardo Nunes do MDB, Guilherme Boulos do Psol e Pablo Marçal do PRTB.

        Na cidade do Rio de Janeiro, berço político da família Bolsonaro, o candidato indicado pelo PL, Alexandre Ramagem, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando muito, em todas as pesquisas, tem conseguido atingir míseros 10%, e em contrapartida, o atual prefeito e candidato a reeleição, Eduardo Paes, do PSD, continua mantendo percentuais de aceitação no entorno dos 60%.

        Na cidade de Belo Horizonte nem o candidato do PT de Lula, Rogério Correia, e nem o candidato do PL de Bolsonaro, Bruno Engler, segundo as pesquisas, muito provavelmente, não conseguirão chegar ao 2º turno.

        O exposto acima já seria o bastante para revelar o grau de avacalhamento da nossa estrutura partidária, e não apenas isto, sim e também, que em nível nacional a polarização Lula/Bolsonaro está sendo  descartada, isto porque, em 85 municípios do nosso país, o PT e o PL compuseram suas estranhíssimas, porém convenientes alianças.

       Nos países que levam a sério a importância dos seus partidos políticos este tipo de bagunça jamais acontecerá. Lamentavelmente, no nosso país, os nossos partidos não se dão a respeito, menos ainda, às personalidades que os integram e, particularmente, àquelas que os comandam.

       Volto a repetir: o ex-presidente Jair Bolsonaro já foi filiado a nove partidos distintos e o auto proclamado professor político, Ciro Gomes igualmente. Ao meu sentir, quem troca de partido com tamanha freqüência  não se prestará como exemplo, a não para despolitizar os nossos próprios eleitores, posto que, em razão dos seus procedimentos a nossa própria democracia nada terá a ganhar e muito terá a perder.

         Na primeira disputa presidencial, após a nossa redemocratização, filiado a um partido apelidado de PRN, Fernando Collor se fez presidente da nossa República e na disputa de 2018, filiado a outro partideco, apelidado de PSL, Jair Bolsonaro, também se fez nosso presidente. Não por acaso, tanto o PRN quando o PSL se encontra repousando no mesmo cemitério  para onde são mandados os nossos partidos, os tidos como de  ocasião.

       Enquanto deveríamos não afastamos dos chamados ativos tóxicos que tanto já prejudicou a nossa atividade política e a nossa própria a nossa democracia, o que haveremos de esperar de um sujeito chamado Pablo Marçal, este por sua vez, um pilantra altamente tecnologizado?

 

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