Atualizada em 02/07/2024 09:52
Soluções simples e rápidas para problemas
No nosso país, 800.000 brasileiros encontram-se aprisionados nas nossas casas penitenciárias, a maioria delas, comparável as desumanas e terríveis masmorras, ainda assim, todo este universo, integralmente custeado com elevadíssimos recursos públicos. Diga-se mais: todo o aparato estatal exigido para mantê-los em suas respectivas prisões, também é financiado com recursos da mesma origem. Esta elevadíssima quantidade já fez com que o nosso país ocupasse o 3º lugar, em todo o mundo, em número de aprisionados. Somente os EUA e a China, nos superam.
Esta alarmante quantidade, segundo as nossas mais confiáveis estatísticas, também acontece em relação aos abortos, já que 800.000 deles são verificados, anualmente, no nosso país.
Se todo o nosso sistema prisional só dispõe de 400.000 vagas para deter os 800.000 aprisionados, por certo, só restará, uma e somente uma conclusão: o nosso sistema prisional encontra-se superlotado, motivo o bastante para que as nossas atuais prisões sejam comparadas, volto a repetir, as condenáveis masmorras, como eram chamadas as prisões existentes no passado, mas de um passado em que os “direitos humanos” sequer existiam.
Decerto uma coisa: não existem soluções simples e imediatas para a superação de problemas demasiadamente complexos, como os desafios decorrentes do nosso já precário sistema prisional, menos àqueles que dizem respeito ao aborto.
Se nas condições normais de temperatura e pressão já seria dificílimo o enfrentamento destas duas questões, como as explicitadas neste artigo, pior tem ficado, quando os interesses político-partidários passam a interferir, se nos encontramos na mais aguda crise política de nossa história. Reporto-me a nociva polarização entre lulistas e bolsonaristas.
Em relação ao elevado número de abortos arrisco-me a dizer que as mulheres providas de condições financeiras continuarão sendo atendidas nas melhores clínicas médicas, e abortando, sem jamais serem importunadas pelas nossas autoridades, enquanto àquelas outras, predominante pobres, e se negras, mais ainda, arriscam-se a praticar seus abortos e sendo atendidas pelos chamados aborteiros.