Atualizada em 22/05/2024 11:55
Em meio ao crescimento nos casos de síndromes gripais em maio, mês este em que o Governo do Acre decretou emergência, as unidades de saúde do Acre estão sem vacinas contra a gripe. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), o imunizante só chega em outubro, que é quando a campanha de vacinação inicia novamente.
Na rede particular de Rio Branco, o g1 apurou que clínicas cobram até R$ 135 para imunizarem uma pessoa contra a gripe.
Ainda segundo a Sesacre, as vacinas não ficam disponíveis o ano todo, somente durante os prazos da campanha de vacinação. A informação é de que as campanhas acontecem da seguinte forma: inicia-se a vacinação com os grupos prioritários e as datas são anunciadas para que as pessoas possam ir nas unidades de saúde para receber o imunizante.
Ao encerrar o prazo, a vacina não fica mais disponível. “A gente só tem campanha agora, na região Norte, em outubro, por conta do verão amazônico. Então, quem vacinou no ano passado, só vacina uma vez por ano, então só vai receber de novo no fim desse ano”, explica o órgão.
Vacinas vencidas
Em março deste ano, mais de 3,8 mil doses foram enviadas pelo Ministério da Saúde pela Vigilância Epidemiológica de Rio Branco, após vencerem. A campanha de imunização contra a gripe começou em novembro de 2023. Ao todo, a saúde de Rio Branco aplicou 31.860 doses até março deste ano.
Ano passado, o Ministério da Saúde (MS) mudou o calendário vacinal na região Norte para acompanhar o clima tropical e amazônico, que se diferencia de outras regiões do Brasil que passam por outro tipo de estação, podendo assim, reduzir as complicações, internações e a mortalidade decorrentes da gripe.
Além disto, a publicação diz ainda que a declaração de emergência é por conta da situação anormal vivenciada pelo estado, além do “aumento exponencial da procura por atendimento nas unidades estaduais de saúde, com grande número de queixas de sintomas gripais, e a gravidade dos casos identificados, os quais muitas vezes são submetidos a internação em leitos de terapia intensiva”.
[G1]